2.Sinais Clínicos
Os sinais clínicos variam conforme a sua localização. O local mais comum na cadela é a região caudal da vagina, na junção vestíbulovaginal, podendo provocar obstrução e disúria.
No macho, acorre mais comumente na região caudal do pênis, posterior ao bulbo e no prepúcio, podendo ocasionar fimose, disúria e parafimose no animal.
É comum haver lambeduras da genitália externa após um tipo sanguinolento de secreção vaginal e prepucial, secreção esta, que pode ser confundida com sinais de estro nas fêmeas. Pode ser associada a essa secreção, uma cistite ou peritonite, juntamente com o crescimento tumoral em forma de massa do órgão.
Cães com TVT, estão geralmente acometidos por bacteriúria no orifício uretral, favorecendo retenções de urina (disúria dita anteriormente).
O tumor lobulado, friável e sanguinolento localizado na região nasal, causa dispnéia, respiração com a boca aberta, epistaxe, corrimento nasal, espirros e edema local.
Uma vez instalado na cavidade nasal, o tumor pode invadir o palato mole e os alvéolos dentários.
No pênis, as lesões progridem para massas lobuladas e avermelhadas com sangue constante e aspecto de couve-flor ulcerada.
Fig.2- Neoplasia do pênis e prepúcio de cão
Na pele, o TVT apresenta-se como nodulações isoladas ou múltiplas. Estas ulcerações de cores esbran-quiçadas, cinzas ou rosadas e avermelhadas no centro podem estar associadas à miíase e aos exsudatos purulentos.
A metástase do TVT é descrita como sendo baixa, facilitando a regressão espontânea do tumor.
Histologicamente, observa-se a regressão tumoral por uma infiltração de linfócitos, incluindo as células T, as quais são especializadas na destruição das células tumorais.
Na regressão espontânea da neoplasia, há a importância, também, das células B (plasmócitos que produzem IgG, IgG2 e IgG4) e os macrófagos que participam da resposta imune do tumor.