Nota Técnica, Parte 5
Dr. Jorge M. Genoud *; Dra. Adriana I. Moiron *.
* Educacional da Área de Doenças Médicas, Faculdade Ciências Veterinárias, U. B. A, Argentina
A maior dificuldade apresentada no Abdome Agudo, é determinar o grau de severidade da doença, executar um diagnóstico adequado, e ser capaz de executar o tratamento baseado nos sinais clínicos. É por esta razão que nós comentaremos cada detalhe dos sinais clínicos mais comumente achados nos equinos e, para isso, por diferenciação de sinais apresentados ao profissional no momento de tomar uma decisão sobre a etiopatogenia, diagnóstico e terapia.
* PCV e total de Proteína:
São muito úteis em avaliar o desidratação aguda. Como regra de geral, estes parâmetros irão elevar-se simultaneamente com a diminuição da água corporal a nível de sangue e extracelular. Uma disparidade entre o total de proteína e PCV pode indicar contração esplênica, deverá produzir o aumento do PCV sem uma ascensão simultânea no nível do proteína.
Por outro lado, se o proteína é baixa demais para o desidratação aparente e comparado com o PCV, a perda do proteína deve ser considerada. Uma perda rápida da proteína se deve freqüentemente a perda que é produzida em nível peritoneal por infarto intestinal ou por peritonites. Constituirá, assim, um sinal desfavorável para a vida.
* Entubação Nasogástrica:
Sua utilização é necessária para todos os cavalos com cólica. Os cavalos em dor moderada a severa devem ser entubados ao começo do exame para determinar-se se o estômago está dilatado e aliviar a pressão em caso de risco de uma parada provável.
Encarar um timpanismo, o procedimento libertará normalmente e imediatamente os gases produzidos. Enquanto que o líquido secretado, que é captado no intestino delgado e no estômago, não será expelido prontamente pelo estômago.
O tubo nasogástrico deve possuir um diâmetro suficientemente grande e com um sistema lateral de passagem, de modo a evitar seu tamponamento com partículas brutas de alimento. Uma vez que o tubo está localizado no estômago, o mesmo deve ser enchido com água, e então, o clínico deve inclinar a abertura oral do cano em direção à terra de modo que se pode evacuar o conteúdo estomacal. Este produzirá um efeito de sifão e esgotará melhor o líquido do estômago. A sucção no cano ou o uso de um de uma bomba aspirante em observação, produzirão o mesmo êxito de evacuação do estômago.
O conteúdo do estômago é normalmente verde, tem um aroma doce, e é composto predominantemente de partículas de alimento. O papel de pH (utilizado comumente para a medida do pH de líquidos corporais) molhado no suco gástrico normal indicará um pH de 3 a 6. Se o refluxo existe, e isto se originar do intestino delgado, o líquido será amarelo - amarronzado pela presença de bílis e terá um odor fétido devido ao ácido graxo produzido durante a estasis. Este líquido terá um pH de 6 a 8 devido ao efeito de memória intermediária do líquido do intestino delgado. Em caso de obstrução do piloro, o ácido do pH pode permanecer embora há volumes massivos de líquido devido à retenção do ácido no estômago.
A experiência de esvaziar o estômago deve ser repetida várias vezes, ainda quando nenhum líquido é obtido (em particular, se o exame de reto revela um intestino delgado dilatado). Pode ser meio difícil esvaziar o estômago com a sonda. Esta técnica pode poupar a vida e ao mesmo tempo ajudar no diagnóstico.
O drenado de uma quantidade grande do líquido do estômago indica obstrução no intestino delgado. Geralmente será necessária uma cirurgia para eliminar o problema do bloqueio intestinal. Entretanto, o íleo e a duodenite podem causar também este tipo de refluxo.
As quantidades grandes do líquido ou de refluxo prolongado causarão uma hipocloremia geralmente acompanhada de alcalose. O volume do líquido é maior com o piloro proximal fechado por obstruções duodenais. Nos cavalos com estes tipos de obstruções, pode ser obtido entre 40 a 80 litros do líquido gástrico em 24 horas. A obstrução pode ser causada por um bloqueio físico, assim como por impactação ou estenose, ou pode ser devido a uma atonia de íleo como pode ser observado nas enterites proximais. Desde que o duodeno é ligado ao cólon, o deslocamento do cólon maior pode causar refluxo gástrico sem ser uma doença verdadeira do intestino delgado.
* Auscultação:
É executada com o estetoscópio em quatro lugares:
nos paralombares em regiões abaixamento superior. Os sons serão ouvidos sobre as seguintes pontas abdominais:
Lado direito
Lado esquerdo
Na parte alta em cada lado
Sob eles em cada lado.
Os sons típicos do cólon são de misturado e serão ouvidos por qualquer lado da superfície ventral. O som produzido pela interface e o misturado do gás se originam freqüentemente do cólon e ceco. O intestino delgado pode estar em movimento sem produzir som e isto é devido à estrutura da parede abdominal externa. Os sons normalmente surgem da mistura do alimento com o gás.
A amplitude irá variar notavelmente entre cavalos. Os sons normalmente ocorrerão com regularidade, 2 a 4 vezes por minuto. Os sons de progressão se ouvirão 1 cada 2 ou 4 minutos quando o cavalo não ingeriu alimento recentemente. Com a ingestão, estes sons aumentam na amplitude e na frequência e são caracterizadas pela força de propulsão ao longo do intestino. Será ouvido um gorgotejo do lado esquerdo (cólon) e o lado direito (ceco) cada 6 a 10 segundos.
Os sons de propulsão podem ser diferenciados dos sons de misturado por seu modelo cíclico, intesidade e duração mais longa. Estes sons são reduzidos ou cessam depois da administração de drogas tal como a atropina, xylazina, butorphanol, e detomidine. A Xylazina, aplicada em dose de 1.1 mg/kg, reduz os sons por aproximadamente 60 minutos. O Butorphanol tem um efeito semelhante. A Atropina pode causar íleo paralítico e eu posso ser o responsável pela o estase intestinal e a distensão que eventualmente causará cólica.
Em quase todos os casos abdominais de dor, os sons de propulsão serão reduzidos. Nos casos severos de doença intestinal (estrangulamento com ou sem infarto), cada som estará ausente. O peristaltismo no cavalo produzirá as fluências e os sons de interfaces com burburígma de gás e som metálico. Estes sonsnão devem ser mal interpretados, desde que podem representar movimentos progressivos, mas indicam-nos a presença de um segmento intestinal em estase e de ampliação da parede intestinal, tanto do intestino delgado como na espessura. Rarefação de sons podem ser percebidos e são chamados como espasmos ou cólicas espasmódicas. Estes sons aumentados podem ser espasmos adequados à isquemia, parasitaria de irritação, ou à contração por uma impactação. Nestes casos, eles estão geralmente associados com a dor. A frequência aumentada dos sons pode ser ouvida também na resolução do íleo timpânico ou no caso de uma cólica simples. Estes sons são escutados depois de um passeio ou de um retorno espontâneo à normalidade. Freqüentemente o cavalo é visto como deprimido ou ainda cansado mas permanecerá com um descanso confortável durante este período da atividade aumentada do intestino.
O incremento dos borborígmas é passível de ser auscultado na intoxicação por organofosforados, embora a cólica não é observada ainda.
A areia pode ser ouvida durante os movimentos do cólon, ao colocar o estetoscópio no abdome sobre a região ventral. Este som tem semelhança com o despejar da areia sobre um monte de areia a produzir um som sibilante.
* Percussão:
A Percussão é executada durante a auscultação quando bolsas de gás são achadas. O som curto metálico será ouvido sobre o lado direito durante o timpanismo cecal, e num meio semelhante sobre o lado esquerdo na distensão ou deslocamento do cólon. A percussão sobre o abdome com plexímetro e martelo pode ser usado, mas não é de muito valor para distinguir órgãos no cavalo com abdome agudo.
O tamanho do baço pode ser definido por este método, mas muitos outros órgãos existentes na cavidade abdominal variam seu tamanho de acordo com a presença de gás e líquido acumulado; e isto dificulta a determinação da lesão. O abaloamento produzido por esta patologia torna capaz de se empurrar para o lado e sentir-se o contorno de um órgão pesado, feto ou impactado de vísceras. Isto não é de grande ajuda como é o exame de reto. A pressão constante contra o lado ou nos abaixamentos de parte do abdome podem ajudar a diferenciar entre a dor visceral (a dor de cólica intestinal) e a dor parietal, que se originará do peritôneo parietal abdominal ou das vísceras. Os cavalos com peritonite serão resistivos à pressão exercida durante a manobra exploratória e eles endurecerão a parede abdominal; devido à dor da parede abdominal e de sua cobertura peritoneal. Enquanto a dor do intestino não será intensificada por esta manobra.
Os tumores de grande impactação podem causar um abaloamento tal que será preciso contorna-lo para executar essa manobra. Mas, a sensibilidade deste método não é de dar crédito, devido à variação das espessuras de parede que se antepõem.
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Dados dos autores:
Dra. Moiron Adriana
Médica Veterinaria
Egresada de la F.C.V. de la U.B.A en 1983.
Nacionalidad: Argentina.
Docente del Área de Enfermedades Médicas de la F.C.V. de la U.B.A. Argentina, desde 1992 a la fecha.
Ex docente de la Cátedra de Histología y Embriología de la F.C.V. de la U.B.A., Argentina, desde 1979 hasta 1986.
Docente del Instituto Médico Argentino de Acupuntura (IMADA), desde 1993 a la fecha.
Directora del Laboratorio Clínico Veterinario Alem, especializado en la práctica de análisis clínicos en P.A., desde 1983 a la fecha
Domicilio profesional:
Alem 511 - Ramos Mejía - Bs. As
Argentina - CP. 1706
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Móvil: 15-4434-4567
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Dr. Jorge Genoud
Médico Veterinario
Egresado de la F.C.V. de la U.B.A en 1977.
Nacionalidad: Argentino.
Docente del Área de Enfermedades Médicas de la F.C.V. de la U.B.A. Argentina, desde 1996 a la fecha.
Asesor Veterinario (Equinos) de la Sociedad Ruaral Argentina, desde 1987 a la fecha.
Miembro de la Comisión Nacional de Sanidad Equina del Servicio Nacional de Sanidad Animal, desde 1997 a la fecha.
Docente del Instituo Superior de Ensañanza y Extensión Agropecuaria de la Sociedad Rural Argentina, desde 1989 a la fecha
Autor de diferentes publicaciones sobre Sanidad y Enfermedades de los Equinos.
Ex Médico Veterinario de la Sección Clínico, Médico y Quirúrgica de la Policía Montada, desde 1977 a 1994
Miembro de la Asosiación Argentina de Veterinaria Equina y de la Sociedad de Medicina Veterinaria.
Docente de la Facultad de Ciencias Agrarias de la Universis Católica Argentina (Curso El Caballo).
Domicilio profesional:
Av. Congreso 2610 - Bs. As
Argentina - CP. 1428
TE / mensajes/Fax: ( 54 -11) 4784-4381.
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